ESTATÍSTICA: Paraíba é 2º no país em mortes de motociclistas
Imagem: Internet |
A Paraíba é o segundo
Estado no país que mais registra morte de motociclistas, no que se refere ao
percentual do total de óbitos por acidentes de trânsito, já que do universo de
606 pessoas que morreram no trânsito, 396 eram condutores de moto, o que
representa 65,3% do total de óbitos no trânsito.
Com esse percentual,
a Paraíba só perde para o Piauí, que teve 69,6% de participação de
motociclistas dos óbitos no trânsito.
Os dados fazem
referência ao ano 2011 e estão contidos no Mapa da Violência 2013: Acidentes de
Trânsito e Motocicletas, divulgado ontem.
O estudo foi
desenvolvido pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz com o apoio da Faculdade
Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO) e do Centro Brasileiro de Estudos
Latino-Americanos (Cebela), que utilizou como principal fonte o Sistema de
Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.
O Mapa da Violência
2013 também traz as taxas de óbitos (por 100 mil habitantes) em acidentes de
trânsito por categoria. O motociclista está quase cinco vezes (4,7) mais
vulnerável a morrer no trânsito do que quem anda em automóvel. Isso porque
segundo a pesquisa, a taxa de morte de motociclista é de 10,5 (por 100 mil)
contra 2,2 na categoria automóvel. Já o ciclista tem menos probabilidade de
morrer no trânsito (0,6) se comparado ao pedestre (2,5). O transporte de carga
apresentou uma taxa de 0,2 óbito por grupo de 100 mil.
Considerando os
registros de morte de motociclistas, com relação ao percentual do total de
óbitos por acidentes de trânsito em cada Estado brasileiro, o sociólogo
responsável pelo estudo, Julio Jacobo Waiselfisz, observou que em nove unidades
da federação localizadas nas regiões Norte e Nordeste, entre elas a Paraíba, a
morte de motociclistas já representa mais da metade do total de mortes em
acidentes de trânsito.
Além disso, nas
considerações finais o estudo constatou que “apesar de avanços recentes na
formulação de mecanismos de enfrentamento, principalmente na legislação –
regulamentação e profissões que usam motocicletas, endurecimento das
penalidades e da fiscalização da alcoolemia, processo de municipalização da
gestão, etc – escassos são os resultados que podemos observar nos números:
continuam aumentando. Sem pôr dúvida à eficiência dessas medidas, fica claro
que são ainda insuficientes”.
Ainda conforme o
estudo, “esse incremento na mortalidade dos motociclistas se inscreve num marco
mais amplo: o do progressivo agravamento global da violência no trânsito, que
levou as Nações Unidas a proclamar a Década de Ação pela Segurança no Trânsito
2011-2020, procurando, primeiro, estabilizar e, posteriormente, reduzir as
cifras de vítimas previstas, mediante a formulação e implementação de planos
nacionais, regionais e internacionais”.
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