Comentário: Adamastor
Chaves
ATÉ A BANDEIRA BRASILEIRA
CHOROU
O dia 8 de julho de 2014
vai ficar na lembrança por muito tempo. Foi o dia em que o Brasil, representado
pela sua seleção de futebol em disputa da Copa do Mundo, foi humilhado pelos
alemães em pleno estádio Mineirão, em Belo Horizonte. Nos 100 anos do futebol
brasileiro encantando o mundo, eis que a máscara cai e envergonha 200 milhões
de pessoas.
Eu, particularmente, torcia
pelo sucesso da nossa seleção, queria, se possível, chegar a final e, na maior
afinidade com os deuses da sorte, conquistar o título pela sexta vez, à quem
muitos consideram o hexa campeonato mundial. Para mim hexa é para aquele que
consegue seis títulos seguidos, ininterruptos. O certo seria o sexto campeonato.
Uma seleção formada pelos
melhores jogadores não pode chegar à competição, ou estar em sua Pátria na
disputa de um título, fazendo turismo, agradinhos, tapinhas nas costas, fotos
de lembranças ou choros emocionais. Tem chegar com raça, gana, vontade,
determinação e aplicação no trabalho. A nossa seleção parecia uma vitrine de
fotos.
Enquanto os nossos jogadores pareciam atores
circenses nos preparativos para o espetáculo de abertura na cidade, os outros
selecionados se mostravam determinados, responsáveis, trabalhando seriamente e
escondendo o jogo como estratégia haja vista a estada no Brasil tinha compromisso
com seus povos.
E aí está o resultado.
Frustração total. Ninguém consegue explicar, porque é o inexplicável. Quando
não se faz a coisa com seriedade, o final é triste. É complicado. É bonito, e até
emocionante, quando de vê um ou outro atleta chorando por ter obtido a vitória,
ou mesmo quando derrotado prematuramente. Apenas bonito, emocionante, nunca lágrima
justificada.
O atleta profissional, integrante
de uma seleção representando o seu País, deve estar preparado para todo e
qualquer acontecimento. É bem treinado.
Tem vida social invejável. É economicamente independente. Bem assistido por
médicos, fisioterapeutas, psicólogos. Não falta nada. Deve estar sempre
preparado para o melhor e para o pior. Chorar, não!
O selecionado brasileiro não
seguiu essa filosofia de vida, de trabalho. Jogou para o alto o sensos
profissional e abraçou a causa social, emocional. Fez totalmente o contrário
das outras seleções que vieram, estiveram e estão no Brasil para disputa de um
título mundial. Vimos jogadores chorando, mas foi de raiva por terem saído
prematuramente.
Agora não adiante “chorar
o leite derramado”. É juntar os cacos e partir para a tentativa do terceiro
lugar. Tentativa! Agora a coisa engrossou, o grupo perdeu o “rebolado” e com
qual moral entra em campo para enfrentar uma luta pela condição de terceiro
melhor do mundo. Primeiro e segundo já têm donos. Foi tanta vergonha que até
Bandeira Brasileira chorou. Faltou Ordem e Progresso na Seleção.
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