Admite-se perder um título, sair prematuramente de uma competição, ser derrotado por uma seleção de menor categoria ou conceito, mas ser desclassificado ainda fase inicial de maneira melancólica, é demais para o brasileiro que já teve orgulho de ostentar a hegemonia do futebol mundial. Não respeitam mais as cinco estrelas que são colocadas no peito esquerdo de cada um de nossos representantes em campo.
Estou deveras envergonhado! Não por ter saído da competição pelos pés dos paraguaios, e sim pelos nossos tortos pés. Nos meus mais de sessenta anos de vida jamais ouvi falar que, numa disputa por penalidades, dentre cinco oportunidades, uma equipe tivesse desperdiçado quatro, seguidas. Repito: “é demais para um brasileiro pentacampeão do mundo”.
O pior de tudo é que nossos dignos representantes fazem as “lambanças”, nos humilham perante o mundo esportivo, e ainda retornam à Pátria na maior “cara-de-páu” como se nada de anormal tivesse ocorrido há poucos dias. Ainda por cima o Sr. Mano diz textualmente que foi boa participação brasileira e que saiu da competição por azar. “Jogamos bem. Fomos muitos furos superiores ao adversário. Pecamos nos pênaltis”.
Ora pecamos nos pênaltis! O pecado foi geral, se é que podemos classificar de pecado o que nossos atletas fizeram em campo, principalmente na hora das quatro cobranças de penalidades máximas. Acho que o Sr. Mano estava em outro lugar. Numa outra competição. Se outrora os paraguaios nos temiam, agora eles é que estão ditando as ordens. Infelizmente!
Não só o nosso futebol está na marca do pênalti. A vergonha está estampada no rosto de cada um brasileiro que, daqui por diante, vai ter a decisão por penalidade máxima como “calo”.Na verdade o Brasil saiu de La Plata, na Argentina, de quatro. Ou melhor, depois de quatro!
(p/p Adamastor Chaves)
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