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domingo, 10 de janeiro de 2016

POSSE NO CONSELHO TUTELAR DE SOSSEGO



CINCO CONSELHEIRAS TOMAM POSSE
NO CONSELHO TUTELAR DE SOSSEGO


Com bom público presente esta manhã no CRAS em Sossego, por ocasião do ato solene de posse dos novos conselheiros eleitos em outubro de 2015 para o quatriênio no Conselho Tutelar de Sossego, organizadores do evento, convidados, autoridades e conselheiros eleitos e suplentes chegaram cedo ocupando literalmente o Salão Nobre de Recepções do CRAS.

Pontualmente às 9h, em obediência a programação da solenidade de posse, o mestre de cerimônia fez a convocação da mesa, convidou os presentes para a execução dos Hinos do Brasil e do Município de Sossego e posteriormente a chamada nominal das conselheiras eleitas para a assinatura do Termo de Posse e entregadas devidas Portarias.

Após Ana Flávia Lucena, Damares Pereira,  Damiana Cândido (Miana), Fabiana de Jesus Ferreira da Silva e Lucinalva Dantas assinarem o Termo de Posse postaram-se de pé diante da então presidente do Conselho Tutelar, Damiana Cândido (Miana), para o Juramento de Fidelidade ao exercício da atividade em defesa da criança e do adolescente.

A mesa esteve composta pelo Prefeito Carlinhos, Roselândia Pereira (Presidentde do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente), Juraneide Alves (representando a /secretária da Ação Social Jubaneide Alves), Damiana Cândido (Miana), Dr. Edvaldo Pereira (Diretor Jurídico do Município) e Wamberto Lucena (Representando o Poder Legislativo).

FALAS

Roselândia Pereira, Presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de Sossego, foi a primeira a falar na solenidade. “Parabenizo a todas as conselheiras eleitas, com a certeza de que tudo farão para bem representar a instituição da na defesa da criança e do adolescente”, disse.
Roselândia Pereira fez entrega das Portarias e Diplomas as conselheiras.

Damiana Cândida (Miana), falando como ex-presidente do CT/Sossego, disse ter cumprido a sua missão e se compromete em continuar agindo de forma igual no novo mandato. “Todos os conselheiros que hoje encerram suas atividades fizeram com amor à causa, sempre procurando oferecer a garantia da integridade física, educativa e moral da criança e do adolescente”, afirmou.


Fabiana de Jesus Ferreira da Silva, conselheira eleita, debutante na função de preservar os interesses da criança e do adolescente, foi enfática. “Nossa missão é espinhosa e, assim como foi com aqueles e aquelas que exerceram essa função, vamos manter a qualidade da assistência à criança e ao adolescente. Agradeço a confiança que nos foi depositado quando da escolha de nossos nomes. Obrigado”, disse.

O Diretor Jurídico da Prefeitura Municipal de Sossego, Dr. Edvaldo Pereira, parabenizou as cinco novas conselheiras, bem como conselheiros e conselheiras suplentes, desejando felicidades e eficiência na missão integrada na sociedade. “Desejo a  todas sucesso na condução do Direito da Criança e do Adolescente e coloco-me a disposição para eventual consulta jurídica se assim necessário”, afirmou.

Encerrando a solenidade o Prefeito Carlinhos disse que mais uma vez a Prefeitura credencia o Conselho Tutelar para dar continuidade a prestação de serviço em favor da criança e do adolescente. “Parabenizo as novas conselheiras que tomam posse nesta manhã de domingo, desejando à todas boa sorte na missão de defender os interesses da criança e do adolescente”, disse o prefeito Carlinhos.  

Marcaram presenças na solenidade Lindomar Gomes (Secretário Chefe de Gabinete da PMS), Lusineide Oliveira (Secretária de Administração da PMS), vereadores Flaviana Lucena, Robson Renan e José Iraildo, Professor Francisco Ferreira (Didi). Após a fala do prefeito Carlinhos todos os presentes foram convidados para um coquete oferecido pela coordenação do CRAS/Sossego,

(Matéria P/P Adamastor Chaves/DRJ-PMS. Fotos de Juraneide Alves)

















quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

CADEIRA VAZIA...

CADEIRA VAZIA...


Cansada pela idade, mas sempre sorrindo, que era a sua marca, ali estava sentada na cadeira de balanço, rezando no seu terço, olhar fixo no tempo ou para quem chegava. Sempre assistida, e bem, pelas minhas irmãs Iris Chaves, Iricéia, Iricelma e outros, a “centenária” D. Zefinha era o xodó de todos os filhos, netos, bisneto, amigos da família, conhecidos e, às vezes, de pessoas estranhas que tiveram a oportunidade de conhecê-la e com ela conviver, mesmo que por momentos. Hoje a cadeira está vazia.

Eu não poderia ser uma exceção, mesmo porque sou filho e costumava brincar, avivar sua cansada memória fazendo perguntas do passado sempre relativas à sua pessoa. E ela brincava comigo, sorria, perguntava-me, às vezes, deixando-me feliz e participativo da sua vida, associando-me à sua longevidade. Naquele tempo a cadeira de balanço estava muito bem ocupada. Hoje está vazia, sem Ela.

Naquela cadeira ela contava história, lembrava o passado, falava, com vaga memória, de seus tempos de criança embora não lembrasse o passado recente, ou presente. E cantava! Sempre que alguém lhe pedisse ou iniciasse uma canção do seu conhecimento, com a voz rouca ela entoava algumas estrofes numa patente prova da “cansada” lucidez. Nem mesmo aos 100 anos esqueceu “não que mais saber de ver a lua”, etc.

Era a sua canção preferida, como se representasse algo muito importante no passado. Interpretava toda canção com lucidez e tinha como acompanhamento um coral formado por filhos, netos, bisnetos, amigos e todos aqueles que a rodeavam. Isso a qualquer hora do dia ou da noite estava sempre disposta à oferecer esse momento de lazer pessoal e imensa alegria  à quem estivesse a rodeá-la.

Se aproximando dos 100 anos, um século de vida, a lucidez já não era tanta. Falhava, mas não perdia a oportunidade de perguntar. “Quem é o senhor?”. “Sou o seu filho! Se lembra de mim?”. “Iris, ô Iris, como chama meu filho?”, perguntava. Eu imediatamente respondia. “Sou eu, mamãe. Adamastor!”. Então ela lembrava e, pasmem, imediatamente perguntava por Brunna. Ficava por ali.

Brincadeiras eu fazia, tudo na intenção única de vê-la sorrindo e, se possível, se lembrar do passado. Já acometida pelo Alzheimer, que a prejudicava nas suas lembranças, poucas recordações, embora sempre firme quando eu lhe perguntava onde nasceu (Lagoa de Monteiro), nome do pai (Tertulino Ferreira), mãe (Joaquina Ferreira). Esses nomes não saiam do seu pensamento. Não gostava quando eu pronunciava errado o nome do pai (eu José, etc). Eladizia, “Tertulino e não José”.

Agora está lá, a cadeira vazia. A mesma cadeira onde viveu seus últimos anos até chegar à centenária idade. A cadeira de balanço está vazia, é verdade, mas nela ficou a recordação de uma guerreira que nunca se furtou a vontade de fazer o bem sem olhar a quem. Fica a lembrança a nos todos da sua presença, da sua voz, embalando “não quero mais saber de ver a lua, de ver a imagem tua, surgindo na escuridão”.

“Entre tu e o perigo está o sangue de Cristo”, frase que costumeiramente ela dizia à todos que dela se despedia. Lá no Céu, com o espírito rejuvenescido, junta àqueles que do Senhor tiveram o privilégio da sua companhia, certamente está repetindo essa frase que marcou, em vida, todos aqueles que dela dizia até logo. A cadeira está vazia, sem Ela, é verdade, mas em nossos corações a certeza de que em outra, no Céu, ao lado de Deus, ela está sentada, sorrindo e feliz.

Seu filho, Adamastor Chaves.